“Para nossaaaa alegria!” a internet e mais especificamente as redes sociais, têm permitido uma vasta interação entre seus usuários. Jovens em idade escolar, universitários e recém-formados reproduzem todos os dias o sarcasmo da Coruja da Depressão, o bom humor dos “bons drink” de Luiza Marilac, “Uiii”s, “Fuuuu…”s e outras interjeições sagazes que “pegam” no boca-a-boca, ou melhor, de tela em tela de computadores espalhados pelo Brasil. A mídia on line permite a interação entre os usuários da internet com o mundo off line, ou seja, fora da internet.

Estes hits do momento são capazes de se espalhar também além do mundo digital e podemos ver sua veiculação nas mídias tradicionais, como jornais, revistas e televisão. Os vídeos do You Tube colaboram muito para isso, permitindo que qualquer cidadão possa se transformar numa celebridade instantânea através de um vídeo caseiro que caia no gosto popular.

Porém podemos perceber a mídia off line ainda em ação. Ela provem, na grande maioria das vezes, de programas da televisão, como jornais (“Que deselegante!”) e novelas, principalmente, que costumam criar bordões através de suas personagens. Tais bordões, desde os primórdios da criação das novelas, eram feitos com a intenção de fazer o seu público proliferar aos demais que não assistiam a programação, mas que ficavam curiosos para saber da procedência, pois não deixava de ser um tipo de agregador social. Tais bordões se espalharam com facilidade para a internet, tais como “Tô bandida”, da Valéria Vasquez do “Zorra Total”, a febre atual das Empreguetes da novela “Cheias de Charme”, que produziu um marketing viral, misturando ficção com realidade e a também atual “É culpa da Rita”, da atual novela do horário nobre, “Avenida Brasil”, que tem sido veiculado incansavelmente entre as redes sociais, trazendo variações e até se transformando em nome de festas menores em determinados locais.

Apesar da tentativa das mídias off line aderirem ao meio on line, verificamos que o processo inverso ainda é muito maior, além de se reproduzir com mais facilidade. Estima-se que temos mais de 70 milhões de usuários com acesso a Internet no Brasil, sendo que 24, 4 milhões são usuários domiciliares. Metade deste público possui nível superior ou são estudantes universitários, ou seja, talvez o público que mais veicula os “memes” virtuais que proliferam para o mundo off line não são tão apegados aos tradicionais veículos de comunicação: eles leem jornal e revistas on line, se interam das notícias através de outros tipos de sites e pelas redes sociais, escutam músicas e descobrem outros talentos através da Internet e principalmente, através do You Tube.

As famosas hashtags viraram febre entre os usuários do Twitter e logo depois se expandiram para outras redes sociais, famosa forma de escrever #tudojunto precedido do jogo da velha atinge índices de visibilidade altíssimos, possibilitando se estimar uma contagem que se converte em Trend Topics, ou seja, as últimas postagens mais importantes pela internet. Míias off line abusam deste recurso também, como é o caso do programa “CQC” da Band.

Mas essa maior visibilidade das mídias on line não é por acaso. Os pontos positivos da divulgação pela internet, atualmente, são muito mais favoráveis. Os custos de investimento são mais baixos do que das mídias tradicionais; o alto poder de segmentação, que facilita o anúncio em sites referentes aos assuntos da campanha; a possibilidade de se medir rapidamente os resultados sem precisar recorrer às empresas que medem audiência, além dos resultados serem mais precisos, permitindo modificar a campanha a qualquer momento; a instantaneidade de poder divulgar tal produto ao mesmo tempo em que o consumidor está procurando; a possibilidade de interação do público com a campanha; o público alvo não possui barreiras geográficas, além de ser uma excelente ferramenta de relacionamento com o cliente.

O mundo on line se mistura com o off line ou é o mundo off line que se mistura com o on line? Enquanto a dúvida paira no ar, conte-nos mais sobre o que você achou deste artigo…

 C. Rizzoli