Tecnologia sensível ao toque, filmes que podem ser vistos na palma da mão, computadores multimídia com grande potência, televisores 3D e que atendem por vozes ou gestos. O século XXI chegou definitivamente, tão esperado pelos fãs da era digital que sonhavam acordados assistindo aos Jetsons, famoso desenho futurista veiculados por aqui na década de 80.
Pesquisas relatam que o uso do tablet está se tornando mais freqüente do que assistir à TV. Um dos principais motivos alegados é a fácil acessibilidade e locomoção do aparelho, permitindo seu uso em qualquer local. Outro fator, segundo uma pesquisa empresa Truetech, é a flexibilidade de baixar os conteúdos desejados para assistir na hora mais propícia, diferentemente da TV que tem uma programação fixa a qual nos molda a esperar por determinado programa. Talvez o crescimento de espectadores de séries importadas aumentou os adeptos do tablet, que fazem o download do conteúdo desejado.
Baseado ainda nessa mesma pesquisa da NPD DisplaySearch, nos EUA, apenas 30% relatou que só assiste TV, enquanto a maioria que também assiste fica ligada ao mesmo tempo em redes sociais, através de smartphones ou notebooks. Porém, o uso de dispositivos portáteis ainda é maior em países com boas redes sem fio e internet rápida. No Brasil, a rede ainda é lenta se comparada a outros países com maior tecnologia e disponibilidade dessa, além de haver muitas pessoas que acompanham novelas nacionais disponibilizados apenas pelas próprias emissoras em tempo real.
Outra novidade são os televisores touchscreen, que permitem acesso ao conteúdo sem necessariamente precisar de internet embutida descartando o controle remoto. Após o lançamento do Iphone há 5 anos, o sonho de manipular a TV apenas com o toque dos dedos começou a se tornar possível e real. Porém, há ainda outra dúvida pairando no ar: com a era da tecnologia, será que o costume de sentar-se no sofá em frente à TV pode acabar? Em um estudo da Nielsen, foi detectado que adultos entre 25 a 34 anos assistem menos televisão que as outras faixas etárias, enquanto o grupo dos 35 aos 49 anos têm passado muito tempo na internet também.
Os vídeos online viraram febre entre os jovens e pesquisas revelam que pessoas entre 18 a 25 anos os assistem por muito mais tempo que o restante, o que pode indicar uma queda no uso da TV tradicional. Segundo uma pesquisa da Parks Associates, mostra que apenas 30% do público europeu ocidental preferem ver TV ao vivo.
Os tempos mudaram, o ritmo de vida trabalho – família- pessoalidades está mais intenso que outras décadas, sem dúvida. O antigo telespectador demanda pouco tempo de lazer e precisa de uma programação personalizada, que permite assistir ao que deseja no tempo que lhe resta e não esperar para tal programação ser transmitida, como o convencional.
Será que o antigo hábito de sentar-se à TV está realmente mudando? Antes de tudo, é preciso identificar o principal motivo que as pessoas têm ao assistir TV: será somente um hábito ou há uma programação realmente desejada? O que pode-se perceber é uma tendência do público mais jovem de adaptar sua programação ao seu modo, característica típica das novas gerações, que se permitem maior flexibilidade e questionamento de ordens estabelecidas.
O mundo digital está se adaptando a todas gerações e principalmente àquelas que mais a utilizam. Ser uma família Jetsons do ano de 2062 está se tornando próximo aos poucos de nossa rotina.
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