Facebook.com's mastermind, Mark Zuckerberg, at his office in Palo Alto, Calif., in 2007.
Facebook.com’s mastermind, Mark Zuckerberg, at his office in Palo Alto, Calif., in 2007.

 

Por: Maria Luiza Omena

O dia 4 de Fevereiro pode não significar muito para muitas pessoas diretamente, mas indiretamente significa sim uma infinidade de coisas. Ontem, ao abrir a timeline do Facebook, o usuário se surpreendeu com vídeos comemorando o dia do amigo. Não, não era o dia do amigo, era aniversário do Facebook, e com aquela velha máxima de quem faz aniversário sou eu mas quem ganha o presente é você, Mark e cia quiseram dizer muita coisa com seus 12 anos. Mais do que sua vã filosofia pode supor.

A Rede Social mais famosa do mundo proporcionou a possibilidade de compartilhar um pequeno vídeo que continha um pouco dos bons momentos vividos, seus amigos que mais interagem com você e algumas histórias para recordar, selando a aliança entre usuário e Facebook, que num ambiente tão social, não poderia deixar de compartilhar um pouco mais da sua vida com os outros membros dessa comunidade. E isso viralizou na timeline de todos.

12 anos de história e muitas mudanças

Em 2004, um estudante de informática colocou no ar um site de um alojamento de Harvard.  E 12 anos depois, esse site tomou o mundo, fazendo-se presente no dia a dia das pessoas e tornando-se um negócio lucrativo. De um oceano de 1 bilhão de acessos diários, principalmente de gadgetes mobile, Zuckerberg conectou todo mundo com a primícias da acessibilidade. Pesquisas apontam que as distâncias foram diminuídas com essa ferramenta, ao passo que, uma pessoa está a 6 graus de outra de qualquer parte do planeta, mas no Facebook, a 4. O mundo se tornou muito menor.

Um coisa é certa, o que mudou nesses últimos anos com o Facebook foram as distâncias. Com apenas uma solicitação de amizade, você pode se conectar com aquela professora do jardim de infância ou algum contato profissional, e as empresas buscam seus futuros funcionários pelo Facebook. As marcas também entraram nessa dança, proporcionando aproximação e laços com seus consumidores.

 No mercado quem manda é o dinheiro

Um canal tão plural pode abrigar várias nuances de relacionamentos. De um pressuposto de amizade, muitas coisas se esconde atrás dessa intenção, e justamente é essa a sacada de Mark com o vídeo de amizade: aproximar o usuário da marca.

As marcas já entenderam isso e promovem na rede interações para melhorar suas vendas, abrindo um canal direto entre as empresas em clientes e levando toda a sorte de conteúdo para criar engajamento e fixar seu nome nas mentes de milhares de pessoas que acessam essa plataforma. Se as marcas já utilizam essa tática, o Facebook também, obrigando-as a cada vez mais investir em campanhas e posts patrocinados.

Como o Facebook é o olho que tudo vê, ele sabe exatamente qual é seu real alcance. Contudo, as postagens orgânicas não têm mais tanto rendimento assim, e as marcas se veem num ciclo vicioso de receber visibilidade pagando por isso. O Facebook instiga as marcas a gastarem mais com o patrocínio, e quem investir mais, tem maior alcance, visibilidade e chances de aumentar suas vendas, se esse for o seu propósito. Essa é uma velha conhecida do mercado: para vender, tem que ser visto, então que pague para tal.

Os doze anos do Facebook mudaram a forma de enxergar o mundo. O mundo digital é um meio continuamente visitado, e levar a vida que pulsa lá fora para dentro de uma tela é o ideal de seu criador. Desejamos vida longa e mais mudanças, afinal, que seria do homem sem a evolução?